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Síndrome de Chédiak-Higashi: O que você precisa saber

A síndrome de Chédiak-Higashi é uma doença genética rara. Ela afeta o sistema imunológico devido a um defeito lisossomal1. Os sintomas incluem albinismo parcial, imunidade fraca, febre e infecções frequentes, principalmente na pele e nas vias aéreas1.

Essa condição é grave e pode reduzir a vida de uma pessoa para cerca de uma década2. Por isso, é essencial ter um acompanhamento médico especializado.

Embora seja rara, a síndrome de Chédiak-Higashi é importante de se conhecer. Um diagnóstico e tratamento precoces podem melhorar muito a vida dos pacientes2. Neste artigo, vamos explorar os principais aspectos dessa condição, como causas, sintomas, diagnóstico e tratamentos possíveis.

Principais Pontos de Aprendizado

  • A síndrome de Chédiak-Higashi é uma doença genética rara e autossômica recessiva.
  • Cerca de 85% dos pacientes evoluem para uma fase acelerada da doença, que pode ser fatal1.
  • O tratamento curativo é o transplante de medula óssea1.
  • Pacientes apresentam albinismo parcial, imunidade comprometida e infecções recorrentes1.
  • O diagnóstico é confirmado pela presença de grânulos citoplasmáticos gigantes1.

O que é a Síndrome de Chédiak-Higashi?

A síndrome de Chédiak-Higashi é uma doença genética rara. Ela afeta as células do sistema imune, chamadas células fagocíticas3. Isso ocorre devido a uma mutação no gene LYST, que faz as células terem lisossomos gigantes3.

Esses lisossomos não conseguem se fundir com os fagossomos. Assim, não podem destruir as bactérias que capturam3.

Doença genética rara

A síndrome de Chédiak-Higashi é muito rara, com menos de 500 casos no mundo4. Ela afeta mais crianças de pais consanguíneos4. Na Índia, foram registrados apenas 5 casos até 20004.

Na China, até 2017, foram relatados cerca de 50 casos4.

Defeito lisossomal

A doença faz as células terem dificuldade para engolir bactérias3. Isso deixa as pessoas mais suscetíveis a infecções3. Cerca de 85% dos pacientes desenvolvem uma forma grave da doença, que pode ser fatal1.

“A síndrome de Chédiak-Higashi é uma doença rara autossômica recessiva.”1

Sintomas e características

A síndrome de Chédiak-Higashi é uma condição genética rara. Ela apresenta sintomas específicos. Pessoas com essa síndrome têm albinismo parcial, com pele, cabelo e olhos claros5.

Outro sintoma é a imunidade comprometida. Isso faz com que eles sejam mais propensos a infecções recorrentes, principalmente respiratórias5. Eles também têm febre intermitente, que pode ser causada pelas infecções frequentes5.

  • A síndrome de Chédiak-Higashi é uma doença genética autossômica recessiva rara5.
  • Cerca de 85% dos pacientes afetados desenvolvem a fase acelerada da doença, levando a disfunção orgânica global e, eventualmente, à morte5.
  • A mortalidade dos pacientes com SCH ocorre principalmente devido a infecções ou hemorragias na primeira década de vida5.

Além disso, pessoas com essa condição podem ter febre elevada, adenomegalia e hepatoesplenomegalia6.

“Os indivíduos afetados pela SCH apresentam disfunção fagocitária primária e diferentes graus de albinismo oculocutâneo.”5

É crucial que profissionais de saúde conheçam essa síndrome rara. Isso ajuda a evitar subdiagnósticos e melhora a vida dos pacientes567.

Causas da Síndrome de Chédiak-Higashi

A síndrome de Chédiak-Higashi ocorre por causa de uma mutação no gene LYST. Isso faz com que os lisossomos das células acumulem substâncias tóxicas8. Como resultado, os fagócitos não conseguem destruir as bactérias corretamente, o que aumenta a chance de infecções8.

Os dados mostram que há menos de 500 casos de Síndrome de Chédiak-Higashi (SCH) registrados nos últimos 20 anos8. Cerca de 85% dos pacientes com a forma precoce da SCH evolui para uma fase mais grave8. Sem um transplante de células-tronco, a maioria desses pacientes não vive além da primeira década de vida8.

A forma tardia da SCH é menos grave, mas pode causar problemas neurológicos8. As infecções, especialmente as virais e bacterianas, são a principal causa de morte nesses pacientes8.

“A síndrome de Chédiak-Higashi é causada por uma mutação no gene LYST, que leva ao acúmulo de substâncias tóxicas nos lisossomos das células, prejudicando seu funcionamento normal.”

Diagnóstico da Síndrome de Chédiak-Higashi

Para diagnosticar a síndrome de Chédiak-Higashi, é necessário analisar uma amostra de sangue. Isso pode mostrar anormalidades. Também são feitos testes genéticos para encontrar a mutação no gene LYST, confirmando o diagnóstico9. A síndrome é mais comum em crianças de pais consanguíneos9.

Normalmente, o diagnóstico acontece nos primeiros cinco anos de vida. A maioria dos pacientes não chega aos dez anos9.

Os pacientes podem ter anemia, baixa contagem de células brancas, baixa contagem de plaquetas ou células imaturas no sangue9. No esfregaço de sangue, observa-se inclusões gigantes em várias células9. No mielograma, também são vistas essas inclusões em diferentes tipos de células9.

Outros exames, como a avaliação do fundo de olho, podem mostrar hipopigmentação da retina. A biópsia de pele pode revelar grânulos anormais de melanina, causando albinismo parcial9.

Exames DiagnósticosAchados
HemogramaAnemia, neutropenia, trombocitopenia, células imaturas (blastos)
Esfregaço de Sangue PeriféricoInclusões gigantes intracitoplasmáticas
MielogramaInclusões características em diferentes células
Avaliação do Fundo de OlhoHipopigmentação da retina
Biópsia de PeleGrânulos anormais de melanina, albinismo parcial

A síndrome de Chédiak-Higashi é uma doença rara que afeta o sistema imunológico e o nervoso. Ela é hereditária e se transmite de forma autossômica recessiva10. O defeito no gene LYST (CHS1) é a principal causa10. A morte geralmente ocorre nos primeiros 10 anos de vida, devido a infecções prolongadas ou linfohistiocitose hemofagocítica10. Mas, alguns pacientes podem viver mais de 10 anos com essa condição10.

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É crucial fazer o diagnóstico da síndrome de Chédiak-Higashi para o tratamento adequado. Isso ajuda a melhorar a qualidade de vida dos pacientes10. As complicações podem incluir infecções por bactérias, linfoma associado a infecções virais, como o vírus Epstein-Barr, e morte prematura10.

Tratamento e manejo

O tratamento da síndrome de Chédiak-Higashi é complexo e envolve várias especialidades8. Menos de 500 casos foram registrados nos últimos 20 anos, mostrando sua raridade8. O foco principal é controlar as infecções recorrentes, que são a principal causa de morte.

O tratamento padrão usa antibióticos, interferon gama e, às vezes, corticosteroides para combater as infecções8. Cerca de 85% dos pacientes com a forma precoce da síndrome desenvolvem uma fase acelerada. Isso aumenta a mortalidade, especialmente na primeira década de vida, sem transplante de células tronco hemopoéticas8.

Tratamento com transplante de medula óssea

Em alguns casos, o transplante de células-tronco hematopoéticas (medula óssea) pode ser uma cura11. Cerca de 85% dos indivíduos afetados pela síndrome de Chediak-Higashi desenvolvem a fase acelerada11. Esse tratamento visa restaurar o sistema imunológico, reduzindo a suscetibilidade a infecções graves.

O transplante de medula óssea é a melhor opção para pacientes com a forma acelerada da síndrome11. Pacientes com Chediak-Higashi estão em alto risco de morte precoce por infecções recorrentes11. Essa intervenção pode melhorar muito o prognóstico e a qualidade de vida.

Embora o transplante de medula óssea seja promissor, a síndrome de Chédiak-Higashi é rara e complexa811. O manejo adequado exige uma equipe multidisciplinar. Especialistas em hematologia, imunologia, neurologia e outras áreas são essenciais para o melhor cuidado dos pacientes.

Síndrome de Chédiak-Higashi

A síndrome de Chédiak-Higashi é uma doença genética rara e grave. Ela afeta o sistema imunológico12. Cerca de 85% dos pacientes têm a forma clássica, que pode ser fatal. Isso leva a episódios de linfohistiocitose hemofagocítica (HLH)12.

Outros 10-15% têm a forma atípica. Essa forma aparece na adolescência e fase adulta com fortes manifestações neurológicas12.

Essa síndrome ocorre por um defeito nos lisossomos. Os lisossomos são organelas em todas as células do corpo. Isso causa o acúmulo de substâncias tóxicas e afeta o sistema imunológico. Assim, os pacientes ficam suscetíveis a infecções recorrentes1.

A maioria dos pacientes morre na primeira década de vida. Isso ocorre por infecções, sangramentos ou síndrome hemofagocítica12.

O diagnóstico é feito por exames que mostram grandes grânulos nas células do paciente1. O paciente deve atender a pelo menos 5 dos 8 critérios da Histiocyte Society. Isso inclui esplenomegalia, febre e bicitopenia/pancitopenia12.

O tratamento recomendado é o transplante de medula óssea. Esse tratamento é mais comum para a forma clássica da doença12. Ele pode corrigir problemas imunológicos e hematológicos. Mas não resolve as alterações oculocutâneas e neurológicas1.

Embora não haja cura definitiva, o tratamento pode controlar os sintomas. Isso melhora a qualidade de vida dos pacientes1.

A síndrome de Chédiak-Higashi é uma doença rara e complexa. Ela requer acompanhamento médico especializado. É essencial que pacientes e familiares estejam bem informados. Assim, eles podem receber o tratamento adequado e minimizar as complicações.

Conclusão

A síndrome de Chédiak-Higashi é uma doença genética rara e complexa. Ela afeta a imunidade, causa albinismo parcial e apresenta outras manifestações clínicas13. Com menos de 500 casos no mundo nos últimos 20 anos13, é um grande desafio para médicos e pacientes.

Para diagnosticar a síndrome de Chédiak-Higashi, são necessários testes específicos. O tratamento busca controlar as infecções recorrentes e melhorar a vida dos pacientes14. Embora a forma clássica seja fatal, avanços na pesquisa melhoram o prognóstico, especialmente para a forma atípica.

Apesar de não haver cura definitiva, entender melhor a síndrome de Chédiak-Higashi é crucial. Isso melhora o atendimento e a qualidade de vida dos pacientes1314. A conclusão é que, com acompanhamento médico especializado e novas terapias, a doença pode ser bem gerenciada.

FAQ

O que é a Síndrome de Chédiak-Higashi?

A Síndrome de Chédiak-Higashi é uma doença genética rara. Ela afeta o sistema imunológico. Caracteriza-se por não destruir bactérias corretamente, levando a infecções frequentes e albinismo.

Quais são as principais características da Síndrome de Chédiak-Higashi?

As principais características incluem albinismo parcial e imunidade fraca. Também há febre e infecções recorrentes.

Qual é a causa da Síndrome de Chédiak-Higashi?

A causa é uma mutação no gene LYST. Isso faz com que as células acumulem substâncias tóxicas, afetando seu funcionamento.

Como é feito o diagnóstico da Síndrome de Chédiak-Higashi?

O diagnóstico usa uma amostra de sangue para análise. Também são feitos testes genéticos para encontrar a mutação no gene LYST.

Qual é o tratamento para a Síndrome de Chédiak-Higashi?

O tratamento inclui antibióticos e interferon gama. Corticoides também são usados. Em casos graves, o transplante de células-tronco pode ser uma opção.

Links de Fontes

  1. https://www.scielo.br/j/abd/a/FMkY6QjYrg7hbBkmdHqJLKD/
  2. http://www.ciencianews.com.br/arquivos/ACET/IMAGENS/biblioteca-digital/outros_temas/temas_gerais_saude/9-Sindrome-de-Chediack-Higashi-fisiopatologia-e-diagnostico-laboratorial.pdf
  3. https://en.wikipedia.org/wiki/Chédiak–Higashi_syndrome
  4. https://www.news-medical.net/health/What-is-Chediak-Higashi-Syndrome.aspx
  5. https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/download/63233/45487/154110
  6. https://www.infoescola.com/doencas/sindrome-de-chediak-higashi/
  7. https://www.lecturio.com/pt/concepts/sindrome-de-chediak-higashi/
  8. https://pt.slideshare.net/slideshow/sndrome-de-chdiakhigashi/28343514
  9. http://aaai-asbai.org.br/imageBank/pdf/v21n3a04.pdf
  10. https://medlineplus.gov/spanish/ency/article/001312.htm
  11. https://www.revistas.usp.br/revistadc/article/download/142243/154560/359331
  12. https://doity.com.br/anais/cbmed/trabalho/161777
  13. http://aaai-asbai.org.br/audiencia_pdf.asp?aid2=878&nomeArquivo=v2n2a13.pdf&ano=2018
  14. https://repositorio.unicamp.br/Busca/Download?codigoArquivo=509437

Sumario

Associação de Apoio as Pessoas com Doenças Raras

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